terça-feira, 4 de maio de 2010

Sou o extremo


Queria ter o dom de escrever palavras bonitas,

mas o que posso escrever é apenas o que sou, bom, o que acho que sou..


Sou o extremo, a pobreza e riqueza do meu ser, errante, certeiro, extravagante e quieto, sou eu..


Por mais que eu tente me decifrar não consigo, multante sou.


Me sinto forte mas vejo quão grande é minha fraqueza, minhas atitudes me condena, minhas palavras me destroem, deveria ter cuidado com elas.


A cada passo sinto que tento me equilibrar, como se constantemente tentasse andar por uma corda bamba.


Maldita corda que tenta me derrubar a todo instante.

As vezes o tombo é feio, desorientada fico, me recomponho, ando mais uns passos bambos, deparo de fronte a uma muralha que me faz cair sempre.

Fecho os olhos diante dela e ela desaparesse, ao menos não a vejo,

e consigo dar mais alguns passos.

Muralha que me persegue, parece até que tem pernas próprias,

anda atrás de mim, mas as vezes me passa uma rasteira e se põe a minha frente pois sabe que não tenho coragem de enfrentá-la.

Mas um dia eu encontro coragem e passo por ela, quero derrotá-la, um dia consigo.


Se não fosse essa muralha não teria tanto medo, se não fosse minha covardia não seria tão medrosa e indefesa.


Sou o extremo, a burrice e a burrice.